CRISE
Este ano será um período de crise e de queda de renda da população. Mas Padua acredita que "há espaço para o etanol no ciclo Otto".
Na avaliação dele, poderá haver retração no consumo, mas "todos têm de comer e de se movimentar".
O consumo de combustíveis do ciclo Otto (gasolina e etanol) deverá cair de 5% a 6%, prevê o mercado. Nos dois primeiros meses deste ano, a queda foi de 3%.
O diretor da Unica afirma, no entanto, que o etanol vai ter de ser mais competitivo em relação à gasolina.
Quanto aos preços, eles vão depender da demanda, que, na safra que se encerra, chegou a 1,7 bilhão de litros em alguns meses.
Parte desse aumento ocorreu devido aos incentivos que o mercado teve no ano passado: mudança na tributação de combustíveis, elevação do percentual da mistura do anidro à gasolina e aumento nos preços desse combustível. Parte desses efeitos, no entanto, permanecem neste ano.
O setor aposta também na valorização do açúcar, devido às exportações e ao câmbio favorável. Essa alta, porém, tem um limite, de acordo com Padua.